sábado, setembro 16, 2006

Apologia

Busco a cura
vendida
em toda esquina.
Sorvo
a dormência líquida
esperançoso
da cura de todo desgosto.
Em instantes
tudo são plumas
leves.
Visão suave
de movimentos desconexos
e suores frios.
Imprime o riso à face,
simples, largo,
construído.
Meu torpor se quer
constante,
permanente.
Um toque é agora diferente.
Engulo o que já não sinto.
Tudo prossegue
rumo ao momento
inconsciente,
sublime estado
da não consciência
que me desprende
das agruras que me infligem,
e me completa,
mesmo que expelido
da existência.